segunda-feira, 16 de abril de 2012

Método para passar em Concurso

Quer Passar em Concurso? Aplique um método!

Por Paulo Barreira Milet | Eschola.com

A preparação para fazer uma prova de Concurso Público, por mais difícil que este seja, nada mais é que um processo e, como tal, pode ser gerenciado e otimizado. Esse artigo trata, não simplesmente de um método de estudo, mas de um método para gerenciar o estudo e o aprendizado.

Um alerta importante! Se você não tem disposição, interesse, paciência ou curiosidade para ler nem esse texto até o fim, pode desistir, dificilmente você vai conseguir passar em um concurso, com ou sem método.

Qual o conceito de processo? - Um conjunto de atividades, interrelacionadas, que tem por objetivo satisfazer um cliente. O cliente do processo “Preparação para Concurso”, claro, é você mesmo, o próprio concursando! Está claro que satisfazer esse cliente nada mais é que passar no concurso.

Uma definição, famosa entre concurseiros, é que “Você não estuda para passar, mas estuda até passar!”. Isso implica em ciclos e numa certeza de que a preparação para concursos não se encerra na primeira não aprovação, antes pelo contrário, cada concurso realizado é um degrau a mais que se sobe na direção do objetivo final.
Além disso, as matérias exigidas em cada concurso são muito similares, não divergindo demais entre um concurso e outro. Quase sempre você vai encontrar Português, Informática, Raciocínio Lógico, Direito Administrativo, Constitucional, Regimentos Internos, etc. Assim, o fundamental é você entrar em um processo de estudo permanente, até alcançar o objetivo final de conseguir a aprovação em um concurso.




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DICA 1 – Defina seu objetivo final com clareza e detalhes. Imagine como vai ser sua vida depois dele alcançado. Pense em quanto você vai ganhar, que mudanças boas isso vai trazer para sua vida a de pessoas queridas. Junte razão e emoção no seu objetivo final. Escreva, desenhe, cole na parede.
Leia vários editais de concursos. Converse com pessoas que já passaram e com quem não passou. Você não vai desistir por conta de uma não aprovação. Ao contrário, fique satisfeito com o ganho obtido em cada Concurso, mesmo sem aprovação.

Agora vamos à segunda grande dica. Precisamos definir metas intermediárias, de modo que o resultado possa ser comparado a cada rodada.

DICA 2- Sua meta deve ser, a cada concurso, obter, em cada matéria, "Notas maiores que as obtidas no concurso anterior".
Cumprindo essa meta, seu objetivo vai se concretizar certamente em algum momento futuro. A grande lição aqui é que você não precisa se preocupar com os outros, nem com a relação candidatos/vaga, nem com qual foi a nota dos seus amigos (ou inimigos). Basta se preocupar com a sua nota atual e verificar se ela foi maior que a sua nota anterior naquela matéria. Em determinado momento, depois de alguns ciclos com essa meta de melhoria contínua cumprida, você vai certamente obter os pontos necessários.

DICA 3- Aplique o "Método Gerencial" à sua preparação. O método que todos os gerentes e administradores envolvidos com programas de qualidade aprenderam é o PDCA. Aplicado aos Concursos, P significa PLAN – conjunto de atividades que é feita antes das Provas. D significa DO, conjunto de atividades que se faz durante as provas, C = CHECK, conjunto de atividades que se faz depois das provas, e finalmente A = ACT, conjunto de atividades feitas no sentido de corrigir o que não tenha dado certo.
E é esse método que vamos aqui aplicar para mostrar como atingir o objetivo final:

PLAN (Planejar/Preparar): Leia com atenção o Edital do próximo concurso. Verifique quais são as matérias. Mapeie o terreno. Faça um simulado de concursos anteriores. Verifique o seu nível. Verifique seus pontos fortes e fracos em cada matéria. Conheça a Instituição para onde é dirigido o concurso. Veja suas atribuições. O que ela faz? Para que serve? E o cargo? Qual a função? Leia bastante. Não apenas o material do concurso. Leia com a intenção de entender a lógica e o contexto. As informações vão se encaixando. Busque recursos e fontes (Cursos Presenciais, Cursos Online, e-books, exercícios resolvidos, vídeo-aulas,...). Prepare apresentações sobre as matérias. Prepare material para ensinar para seus amigos (Preparar aulas é uma das melhores maneiras de aprender). Aprenda técnicas e ferramentas para melhorar o aprendizado (Leitura Dinâmica, Aprendizagem Acelerada, PNL, Análise Crítica, Mind Maps,...). Faça exercícios para memória. Faça diagramas e quadros. A memória visual ajuda muito. Fale alto, para você mesmo. A memória auditiva agradece. Faça exercícios de respiração, meditação e concentração. Aprenda a controlar a ansiedade.
Ah! Não se esqueça de fazer a inscrição e checar locais e horários. Não vá morrer na praia!

DO (Executar, Fazer): Esse é o dia da prova. Tenha uma noite de sono tranqüila. Não adianta se matar de estudar na véspera. Coloque na sua mente que esse é apenas mais um passo. Planejado e organizado. E que qualquer resultado será um aperfeiçoamento. Releia o Edital. Veja as regras para o dia da prova. Chegue com antecedência. Na hora da prova, leia com atenção. Releia. Você estudou. Você sabe. Se aquela questão não tiver sido estudada, pule e volte no final. No caso de múltipla escolha, leia as opções. Elimine algumas. Mantenha a respiração controlada todo o tempo. De tempos em tempos pare e respire. A tensão atrapalha o raciocínio e a memória.

CHECK(Controlar/Verificar): Veja o resultado. Passou? Comemore bastante! Não passou? É apenas mais um passo. Compare suas respostas. Veja quantos pontos. Veja o que errou. Entenda porque errou. Você sabia e deu um branco? Faltou entender melhor a questão? Você não sabia realmente? Não estudou aquele ponto? Veja quais foram as suas melhores e piores notas. Veja quais foram as notas dos que passaram. Aproveite o resultado para aprender. Aqueles pontos você não erra mais.

ACT(Atuar corretivamente, consertar): As atividades de ação corretiva não são feitas separadamente. Na realidade elas usam os resultados do CHECK para corrigir o PLAN e corrigir o DO. O que faltou? Faltou estudar determinado ponto? Você estudou mas não absorveu? Não lembrou na hora? Ficou nervoso? O objetivo dessa fase é fazer com que os erros antigos não se repitam. Cometa erros novos! Eles servem de aprendizado. Repetir erros velhos é burrice. O que você vai fazer em relação a cada um dos erros? Estudar mais? Fazer exercícios para memória? Tomar aulas de meditação, Ioga ou respiração? Formar um grupo de estudo? Não fique parado se lamentando. Parta para a próxima! Agora você sabe mais do que antes.

Voce é o GERENTE da sua vida. Tome as rédeas e siga o caminho que te interessa. Não fique improvisando achando que de repente vai passar. Se isso é importante para você, trate com cuidado e atenção. Dedique tempo e comemore no final!


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Leia também: Estudar pode ser chato, aprender não!

Paulo Barreira Milet é empresário, consultor, ex-funcionário público e especialista em TI, Gestão e Educ. a Distancia. Formado em Matemática pela UnB com MBA em Adm. Pública pela FGV/Rio. Sócio e Diretor da ESCHOLA.COM –

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MDIC

Materias do concurso para Analista de Comércio Exterior

Prova Objetiva 1 – Conhecimentos Gerais

1- Língua Portuguesa
2- Inglês e Francês

Prova Objetiva 2 – Conhecimentos Específicos

3- Direito Admnistrativo
4- Direito Constitucional
5- Direito Civil
6- Comércio Internacional
7- Relações Econômicas Internacionais
8- Contabilidade Geral
9- Direito Internacional Público
10- Comércio Internacional
11- Relações Econômicas Internacionais
12- Macroeconomia
13- Microeconomia
14- Desenvolvimento Econômico
15- Contabilidade Nacional
16- Gestão de Sistemas
17- Gestão de Tecnologia
18- Inovação

Prova 3 - Discursiva - sobre os temas:

1- Comércio Internacional
2- Relações Econômicas Internacionais

Quanto à capacidade de desenvolvimento do tema/questão:
a compreensão, o conhecimento, o desenvolvimento e a adequação da argumentação, a conexão e a pertinência, a objetividade e a sequência lógica do pensamento, o alinhamento ao tema e a cobertura dos tópicos apresentados, valendo, no máximo, 30 (trinta) pontos o tema e 10 (dez) pontos a questão, que serão aferidos pelo examinador com base nos critérios a seguir indicados:
Tema - Questões
1) Capacidade de Argumentação - até 8 pontos - até 3
2) Sequência lógica do pensamento - até 8 pontos - até 3
3) Alinhamento ao tema - até 7 - até 2
4) Cobertura dos tópicos



Veja Edital

domingo, 8 de abril de 2012

Professor Rogerio Neiva

A boa descoberta do dia é o professor Rogério Neiva. Gosto do estilo dele, o diferencial dele é o resapaldo cientifico e o equilibrio dos conselhos. Muito interessante mesmo!

Os artigos são utilissimos!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Área Ambiental

Ibama e Instituto Chico Mendes – tramita no Senado o projeto de lei 60/2011, já aprovado na Câmara, que cria mil novos cargos de analista no Ministério do Meio Ambiente a serem distribuídos entre o Ibama e o Instituto Chico Mendes (ICMBio). Vale ressaltar que o Ibama é responsável pelo licenciamento ambiental das obras do PAC, prioridade do governo, e isso ganha contornos mais urgentes com a proximidade dos grandes eventos internacionais que serão realizados no país.

Além disso, o Rio vai sediar também a Rio+20, evento que debaterá a agenda do desenvolvimento sustentável para os próximos anos, trazendo à pauta a questão da conservação do meio ambiente (área de atuação do ICMBio). Com tudo isso acontecendo, imagina-se que o MMA precisará ser aparelhado para que o país possa responder às demandas do setor.

Prepare-se para a área: Como de praxe, o estudo antecipado inclui disciplinas básicas cobradas em quase todos os concursos:

português,
direito constitucional,
direito administrativo e
informática.

Além disso, é importante adiantar o estudo da legislação federal referente aos tópicos mais relevantes da área


Como estudar

Assim, para quem deseja fazer uma preparação antecipada para a área federal, uma boa aposta seria iniciar os estudos pelas matérias básicas: português, informática, direito constitucional (atenção especial aos artigos 225 e 231) e direito administrativo, esta última incluindo as leis 8.112/90 (Regime Jurídico dos Servidores Civis da União); 8.666/93 (licitações e contratos da administração pública); 9.784/99 (processo administrativo no âmbito da administração pública federal); e o decreto 1.171/94 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal).

Na parte referente à área ambiental, vale antecipar o estudo da legislação federal, em especial a relacionada aos grandes tópicos da área: política nacional do meio ambiente (leis 6.938/81, 10.165/2000, 10.410/2002 e decretos 99.274/9 e 6.099/2007), educação ambiental (lei 9.795/99), código florestal (lei 4.771/65 e alterações), sistema nacional de unidades de conservação (lei 9.985/2000 e decretos 4.340/2002 e 5.566/2005), mata atlântica (lei 11.428/2006), política nacional de recursos hídricos (lei 9.433/1997), proteção à fauna (lei 5.197/67), crimes ambientais (lei 9.605/98 e decreto 6.514/2008), código de pesca (decreto-lei 221/67 e alterações), agrotóxicos (lei 7.802/89 e alterações), poluição em águas (lei 9.966/2000 e decreto 4.136/2002), gestão de florestas públicas (lei 11.284/2006 e resolução Conama 379/06), áreas de preservação permanente (resoluções Conama 302/02, 303/02 e 369/06), plano nacional de gerenciamento costeiro (lei 7.661/88), poluição de águas (lei 9.966/2000 e decreto 4.136/2002) e poluição por veículos automotores (lei 8.723/93).

Lia Salgado

Descoberta do Dia

Hoje eu descobri Lia Salgado, e estou encantada com a coluna dela, já postei alguns paragrafos de seus textos aqui que valem a leitura na íntegra e sem dúvida vou ler seu livro também!

Gosto de estilo dela, que é didático e não de "auto ajuda" Não vou dizer que a auto ajuda não será útil para algumas pessoas, mas pessoalmente prefiro algo mais tangível e explicativo.

Como começar a preparação

O mais indicado é iniciar o estudo pelas matérias básicas, que caem em todos os concursos da área e servirão de suporte para a compreensão das que serão estudadas posteriormente:

português,
direito constitucional,
direito administrativo,
direito tributário,
contabilidade,
matemática financeira e
estatística.

O início é um pouco assustador porque os conteúdos são desconhecidos para a grande maioria e será preciso aprender matérias de exatas e outras que exigem muita leitura: os direitos. Como, em geral, temos mais facilidade para uma coisa ou outra, todos têm de enfrentar alguma dificuldade adicional no estudo de disciplinas para as quais não têm aptidão natural. Por outro lado, isso torna o concurso bastante democrático.

O ideal é estudar as matérias iniciais a cada período de uma semana ou quinzena, podendo ser uma a cada dia ou alternar mais de uma a cada dia, dependendo do tempo disponível e do perfil do candidato. Na distribuição de tempo, vale priorizar as que têm conteúdo maior e aquelas em que se tem mais dificuldade.

Fase de “manutenção”
A partir da sedimentação do núcleo básico, as primeiras matérias entram na fase de “manutenção” e pode ser incluído outro grupo, que seria o “básico ampliado”:

direito civil,
penal e empresarial,
administração pública,
administração financeira e orçamentária,
finanças públicas,
economia,
auditoria e
raciocínio lógico.

É preciso organização para dar conta de tantas matérias ao mesmo tempo. Estabelecer os dias e horários de estudo e definir as matérias a serem estudadas a cada dia permite que o candidato visualize de forma mais clara as metas a serem cumpridas a cada mês.

Chegando a este ponto, o candidato estará em boas condições de concorrer quando for publicado um edital. Ainda faltarão algumas matérias, mas essas podem variar de um concurso para outro. Além disso, faltarão as matérias especificas, pertinentes a cada esfera de fiscalização.

Dicas de Estudo II

A produtividade aumenta quando o candidato define dias e horários de estudo e prepara um quadro onde estabelece as matérias de cada dia. Todo o conjunto de disciplinas deve ser distribuído a cada semana ou quinzena, de acordo com o tempo disponível. Alternar disciplinas de cálculos, se houver, com as de leitura também ajuda a melhorar o rendimento.

O estudo precisa ser dinâmico para que o candidato mantenha a concentração/atenção. Para isso, é importante a resolução de exercícios didáticos a cada ponto da matéria, com consulta à teoria. Essa alternância facilita a compreensão e memorização dos conteúdos, além de tornar a atividade menos monótona. A segunda fase do estudo seria elaborar fichas-resumo dos pontos, com quadros explicativos e esquemas que auxiliam a organizar e sedimentar as informações, além de se tornarem excelente material para revisões futuras.

A partir do momento em que o candidato estiver familiarizado com as matérias básicas, deve ficar atento às notícias sobre editais interessantes relativos à área escolhida. Quando estiver próxima a publicação de um bom edital, pode iniciar o estudo das disciplinas específicas, lembrando-se de manter o conhecimento adquirido das matérias básicas.

Quando sair o edital
Publicado o edital, é preciso analisar o formato das provas e a pontuação exigida para cada disciplina, grupo ou prova. Disso dependerá a estratégia a ser adotada para o estudo entre a data do edital e o dia do concurso. O candidato deve dividir o tempo a ser dedicado a cada matéria levando em conta o grau de conhecimento ou não no assunto, o número de questões e o peso da disciplina na hora da prova. E, ainda, se a pontuação será agrupada com outra matéria. A leitura minuciosa do edital é da maior importância, inclusive observando cada item do conteúdo programático. Pode acontecer de o nome da disciplina não aparecer no edital, mas seu conteúdo estar embutido sob o título de outra matéria.

Nesse momento, é fundamental a resolução de provas anteriores da banca examinadora, para que o candidato conheça o estilo de questões e possa verificar assuntos que precisem ser aprofundados. Em razão do pouco tempo entre o edital e a prova, muitas vezes pode ser mais vantajoso estudar muitos pontos pequenos, em vez de estudar poucos assuntos muitos extensos e complexos. Assim, mais itens do edital podem ser abrangidos e, consequentemente, o número de questões envolvidas tende a ser maior.

Se possível, os 15 dias antes da prova devem ser usados para revisões finais. Na véspera da prova, a indicação é descansar o cérebro e buscar atividades relaxantes para estar em ótimas condições no dia. Uma boa caminhada e programas divertidos são boas opções.

Após a prova, o trabalho continua
Depois da prova, é hora de examinar os resultados. Se a pontuação foi suficiente para a aprovação e classificação dentro do número de vagas, excelente! Caso contrário, é preciso verificar onde a preparação pode ser melhorada e retomar os estudos. Concurso público é projeto de médio prazo e, muitas vezes, reprovações fazem parte da trajetória. Quem segue adiante tem a oportunidade de qualificar o desempenho até o patamar de excelência necessário, não só quanto ao conhecimento das matérias, quanto com relação à estabilidade emocional e estratégia no dia da prova.

Para quem inicia os estudos somente a partir da publicação do edital, alguns cuidados adicionais devem ser tomados. Na definição do tempo a ser dedicado a cada matéria, é essencial uma estratégia baseada diretamente na pontuação necessária para a aprovação, definida no edital, para que possam ser garantidos os pontos mínimos em cada quesito.

O mais importante, nesse caso, é o candidato, caso não seja aprovado, ter consciência de que adquiriu parte do conhecimento necessário e que pode retomar a preparação, agora com mais qualidade e profundidade. Assim, poderá estar pronto quando sair outro edital. De outro modo, quando for publicado novo edital, terá perdido tempo e o conhecimento do concurso anterior, comprometendo as chances de aprovação.


Lia Salgado

Dicas Lia Salgado

As áreas de planejamento, gestão e controle oferecem ótimos salários. São áreas que vêm crescendo recentemente, em sintonia com a modernização e profissionalização da administração.

Lia sugere que o candidato estude por bons livros a teoria, faça exercícios didáticos de cada ponto para fixar conteúdos e, aí sim, num segundo momento, refaça provas anteriores da mesma banca organizadora.

Estamos falando de órgãos como os tribunais de contas dos municípios (somente no Rio e em SP), dos estados –os TCEs-, e da União – oTCU-, todos responsáveis pelo controle da administração pública. E, ainda, as secretarias de Planejamento e gestão dos estados e o ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Também os municípios têm necessidade de servidores especializados em planejamento e orçamento. Tudo isso compõe um segmento em franca expansão, com necessidade de servidores qualificados.

Área fiscal serve de base
Para quem pretende concorrer a uma dessas vagas, vale começar o estudo pela preparação básica da área fiscal e, em seguida, priorizar as matérias referentes ao cargo pretendido. Em geral, disciplinas como administração pública, administração financeira e orçamentária (AFO), economia e outras relacionadas a controle externo e gestão são cobradas nos editais.

Na verdade, esse segmento pode ser considerado um “viés” em relação ao estudo para a área de fiscalização. Para quem não quer desviar o foco, é válido manter-se na área fiscal e ficar atento a editais para órgãos de planejamento, gestão e controle. Com a inclusão de apenas uma ou duas disciplinas especificas do edital, o candidato terá plenas condições para conquistar uma vaga.

Texto na íntegra AQUI

Lia Salgado, colunista do G1, é fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

Como elaborar um plano de estudos

Fazer um planejamento de estudo, com dias, horários e matérias garante um salto de qualidade na preparação para concurso público, que deve começar antes mesmo de a seleção ser anunciada. O fato de se colocar cada coisa em seu lugar reduz bastante a culpa e a cobrança, que só provocam desgaste. O planejamento elimina o conflito de estar estudando preocupado com outras tarefas ou, ao contrário, de estar cuidando de obrigações familiares e achar que deveria estar estudando.


Com o tempo, o candidato se habitua a não criar, nem aceitar interrupções no horário de estudo. Até mesmo as pessoas com quem convive aos poucos vão se acostumando a respeitar aqueles horários.

Passo a passo
Comece preparando o calendário do mês, numa folha de papel ou no computador, com dias da semana e do mês. Lembre de marcar ali os feriados.

Em seguida, assinale os compromissos fixos, como trabalho, aulas e outros. Caso trabalhe em regime de escala, marque no calendário os dias de trabalho no mês. Então, observe o tempo que restou para estudo, considerando tempo de deslocamento, sono e alimentação.

É preciso lembrar que se deve começar com 1h30 a 2h de estudo por dia, e aumentar esse tempo aos poucos. Quem tem todo o dia livre pode começar com um período pequeno pela manhã e outro à tarde.

Pela manhã, antes do estudo, é recomendável fazer uma caminhada ou outra atividade física; ou usar o intervalo entre os turnos da tarde e da noite para isso. É importante cuidar da alimentação a cada 3h, para manter o nível de energia necessária ao estudo. Após o almoço, vale um tempinho para relaxar – até mesmo uma soneca.

Os tempos podem ser ajustados, conforme o ritmo pessoal do candidato, preservando-se a lógica proposta de estudo e intervalos.

O candidato pode reservar um turno de um dia útil para outras tarefas do seu dia a dia. Assim, caso ocorram imprevistos que impeçam o estudo em algum momento, pode-se repor o tempo perdido a partir daquele horário vago na semana. Se nada atrapalhar a semana, aquele período “coringa” pode ser usado como bônus de estudo da forma que for mais proveitosa.

Faz parte do planejamento de estudo reservar um dia livre para o lazer.

EXEMPLO clique AQUI

No caso de conciliar estudo e trabalho, pode-se, por exemplo, aproveitar o turno da noite e o sábado para estudar. De nada adianta lamentar o fato de ter menos tempo do que quem não está trabalhando. As realidades são mesmo diferentes e ambas têm prós e contras. O melhor é usar bem o tempo disponível e lembrar que uma grande parte dos aprovados em concursos também estava trabalhando. O importante é manter a continuidade dos estudos para obter sucesso no projeto, mesmo que demore um pouco.

Distribuição das matérias
Uma analogia interessante é olhar as matérias como se fossem um time de jogadores. Então, deve-se distribuí-las pelos horários de estudo da semana ou, se não houver períodos suficientes, da quinzena. Desta forma, fica garantido o contato regular com todas as disciplinas, a fim de que o processo de sedimentação das informações seja preservado.

O ideal é reservar mais tempo de estudo para as disciplinas em que se tem mais dificuldade -seja extensão do conteúdo ou pela natureza do mesmo. E é mais vantajoso selecionar os dias/horários mais favoráveis para as matérias mais difíceis e os dias em que o rendimento é menor para aquelas de que mais se gosta e tem facilidade.

Por exemplo, se o estudante apresenta melhor disposição pela manhã ou à noite, deve selecionar as matérias mais complicadas para aquele período. Ao contrário, como a sexta-feira tende a ser o dia em que se está mais cansado, melhor deixar para se dedicar às matérias mais amigáveis.

Início
Deve-se iniciar o estudo sempre pelas matérias básicas da área de concursos escolhida. Se o candidato optar por frequentar um curso, mais vale dedicar-se ao estudo das matérias que estão sendo ministradas e aguardar as que virão depois; o aprofundamento dos conteúdos trabalhados pelo professor permitirá melhor acompanhamento das aulas subsequentes.

Por outro lado, se o aluno usa seu tempo de estudo para matérias ainda não vistas em aula, a produtividade tende a ser menor, já que muitas matérias de concurso são absolutamente inéditas para o candidato; assim, perde-se muito tempo tentando compreender conceitos e lógicas que, quando explicados pelo professor, tendem a ser mais facilmente entendidos e assimilados. Algo como a diferença entre tentar usar os aparelhos de uma academia de ginástica sem orientação prévia e com o apoio de um instrutor.

Assim, inicia-se com poucas matérias distribuídas pelos períodos de estudo da semana. Com mais tempo de dedicação a cada uma, o candidato rapidamente ganha segurança nas mesmas.

Como incluir novas matérias?
Com a entrada de cada nova matéria, o candidato precisará remanejar seu quadro para incluí-la. Nesse momento, poderá reduzir um pouco o tempo dedicado às matérias iniciais -cujo estudo deverá estar em estágio mais adiantado- abrindo, então, espaço para a nova disciplina.

Esse procedimento deverá ser repetido sempre que for necessário acrescentar novos “jogadores” ao treino. Lembrando que, caso o tempo seja insuficiente para distribuir todas as matérias na semana, pode-se utilizar toda a quinzena para isso.

É claro que nenhuma matéria será esgotada em um período de estudo. É um processo contínuo, que se inicia pela leitura da teoria e se complementa sempre com a resolução de exercícios de fixação –com consulta- a cada ponto.

Quando o tempo de estudo definido para aquela disciplina se encerrar, marca-se o ponto em que está para retomar no próximo dia agendado. No dia em que o candidato chegar ao fim de uma matéria, retorna imediatamente ao começo da mesma. Nunca se deve deixar de revisar uma disciplina, mesmo quando julgar que já a domina, para não perder qualidade – atleta parado “enferruja”.

Quando sai o edital
A publicação do edital pode reservar algumas surpresas para quem estuda com antecedência. Por vezes, são incluídas matérias ou assuntos novos, diferentes do concurso anterior. Também podem ser excluídos outros.

Nesse momento, o candidato precisa refazer seu quadro de estudo, com base nas informações do edital e no domínio que já tem ou não das outras matérias. As matérias totalmente novas deverão ter prioridade, considerando o número de questões e o peso que representem na prova. Na medida do possível, a última quinzena deve ser para revisões e memorizações. A véspera da prova deve ser dedicada ao descanso e relaxamento do candidato.

* Lia Salgado, colunista do G1, é fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ele é chamado de Guru dos Concursos

William Douglas

Vitoria e derrota são resultado do grau de preparação em determinado momento.
Willian Douglas

Estratégia de Estudo engloba três áreas

- Organização e Planejamento : Como planejar o projeto de estudo
- Como estudar : As técnicas de estudo
- Como fazer provas : Técnicas de realização de provas

Apenas os gênios passam de cara, e felizmente eles são poucos! WD

www.williamdouglas.com.br

Leandro Mondego, fala campeão!



Excelente video de Leandro Mondego, primeiro colocado TJ-RJ
Muitas dicas, muita humildade e auto-confiança, conceitos que ao contrário do que pode parecer, não se excluem!

Dicas de LM

Estratégia e Dedicação
Fazer um curso online
Ir alem do normal
Antes de memorizar entender o conteúdo senão será impossível memorizar e concurso publico é pura memorização
Cada minuto é sagrado, vital
Analisar as provas dos concursos anteriores
A maior vilã dos concursandos é a falta de confiança
Estudar seis horas por dia!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Como Passar em Concursos

Ser um servidor público tornou-se hoje um sonho buscado pela maioria dos brasileiros e nem sempre quem passa é o mais preparado intelectualmente. É necessário que haja dedicação, objetivo, comprometimento, organização e estudos. Algumas pessoas deixam muitas oportunidades passarem por medo de tentar, de se sentir derrotada e fracassada. Mas lembre-se: só saberemos se somos capazes se tentarmos e não nos deixar abater só por que não conseguimos uma ou várias vezes que tentamos. Continue sempre em busca de seus objetivos. Nunca pense em desistir.

Para seu melhor entendimento sobre como passar em concursos públicos, preparamos essa matéria com algumas dicas para te ajudar a alcançar o seu objetivo e realizar o seu sonho. Procure segui-las.

- Siga seu objetivo de passar no concurso até conseguir sua realização. Não adianta tentar apenas a primeira vez, fracassar e desistir.

- Coloque em sua mente que a pessoa que mais pode te ajudar é esta: você mesmo! Então, seja seu próprio aliado, trabalhe a seu favor, não o contrário, busque a auto-preservação em meio a tanta concorrência. Isto não significa que você vai ter que deixar de contar com a ajuda de seus familiares, amigos e colegas, pois ajuda é sempre bem vinda, venha de onde vier.

- Procure traçar horários de estudos a serem seguidos à risca, sem interrupção, barulhos ou qualquer outra coisa que venha incomodar e cortar a sua linha de pensamento.

- Dê enfase às matérias de que você menos gosta, pois muitas vezes são essas matérias que obviamente menos dominamos e as que mais comprometem o desempenho nas provas.

- Saiba dividir seu tempo entre o lazer e os estudos.

Recentemente, acompanhamos na imprensa a notícia de que um grupo de estudantes abriu mão de curtir o carnaval visando intensificar os estudos para o disputadíssimo concurso do Senado Federal. Trata-se de um caso excepcional, haja vista o fato de que as provas serão aplicadas dentro de alguns dias (11/03).

Esse tipo de conduta, embora seja louvável, não deve ser a regra, mas a exceção. Com um pouco de organização, disciplina e força de vontade, dá para conciliar uma rotina de estudos eficiente com uma vida onde haja espaço para lazer, diversão e pouco ou nenhum stress. A qualidade de vida associada a boas técnicas de estudo geralmente é muito mais produtiva do que a tradicional imagem da pessoa trancafiada estudando 14 horas por dia.

- Faça uma redação todos os dias e esteja sempre atualizado nos diversos assuntos, pois, em caso de empate vencerá quem se expressar melhor na sua redação. Esta dica, embora tenha uma relevância maior para aqueles certames em que a redação é um item a ser avaliado, não se limita a apenas essas seleções, pois escrever bem um texto deveria ser obrigação de todo concurseiro. Boa redação e conhecimento de atualidades não são requisitos válidos apenas para submissão a provas, mas para a sua vida como um todo.

- Concurso não se faz para passar, mas até passar. A média dos que passaram em concursos públicos é de 12 tentativas até sua concretização. Portanto, não se desespere se entrou no "meio" agora e já esperava sucesso na primeira, segunda ou terceira tentativas. Em matéria de concursos, vale sempre a máxima do poeta: "tente outra vez, não diga que a vitória está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida". Entretanto, se você estudou até passar em um determinado concurso e ainda assim não está satisfeito com o rumo que a sua vida tomou no desempenho daquela atividade profissional, lembre-se de que você tem ainda direito a tentar de novo e trilhar uma outra direção.


- Reúna provas de concursos anteriores ou comercializadas através de cadernos de testes e livros, separe o material de consulta permitido pelo edital, o número de questões, o tempo de prova, etc. E faça a prova! Tente simular uma prova do modo mais próximo possível daquele que irá encontrar no dia do concurso. Encare a simulação como peça integrante da grande engrenagem que se chama "estudar".

- Leia o edital com o máximo de atenção, para ter certeza de que sua opção pela área de atuação oferecida não foi equivocada. Afinal, caso seja aprovado e convocado, de certa forma aquela será a sua ocupação nos próximos anos. Não vale ficar reclamando do cargo futuramente...

- Estude cada vez mais, pois quanto mais estudar mais aprenderá, desde que seja um estudo concentrado. E lembre-se de outro detalhe: ninguém nasce sabendo. Não tenha vergonha de perguntar sobre qualquer assunto que não domina, seja humilde.

- Tenha motivação. É ela que nos anima e nos dá força para continuar tentando e, principamente, agindo. Em sua caminhada, certamente passará por momentos de desânimo e nessa hora será muito importante encontrar forças ao seu redor, seja no conselho de um amigo, seja na leitura de um artigo ou testemunho de motivação, seja por meio de sua crença religiosa ou por quaquer outro meio.

- Descanse e relaxe dias antes de fazer a prova, procurando não pensar e falar na prova. Afinal, você já estudou tudo que tinha para estudar, agora é só aguardar o dia da prova para colocar em prática o que aprendeu com seus estudos e dedicação e nada melhor do que uma mente relaxada e fresca para se dar bem. Na véspera das provas o pior consolo é a tensão.

- Fique calmo na hora de fazer a prova, respire fundo e saiba que você não tem obrigação de passar, mas aproveite ao máximo a oportunidade que lhe foi concedida e dê o melhor de si.

FONTE

ANCINE

Já está autorizada pelo Ministério do Planejamento (MPOG) a realização de concurso público para o provimento de 82 cargos na Agência Nacional do Cinema - ANCINE. A Portaria foi publicada no Diário Oficial da União de 09 de março de 2012.

As oportunidades serão para pessoas de nível intermediário (Ensino Médio) e os selecionados irão atuar nas carreira técnica, ocupando os cargos de Técnico Administrativo (57 vagas) e Técnico em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual (25 vagas). O provimento desses cargos está previsto para acontecer a partir de 1° de agosto de 2012.

Em conformidade com os dispositivos constitucionais, o informe ainda ressalta que o provimento dessas ocupações públicas estará condicionado à existência de vagas na data da nomeação, à declaração do ordenador de despesa sobre a adequação orçamentária e financeira da nova despesa, à substituição dos trabalhadores terceirizados e à extinção de 82 postos de trabalho terceirizados de nível intermediário existentes na ANCINE, considerados em desacordo com a legislação vigente.

O edital deverá ser publicado pelo Diretor-Presidente da ANCINE dentro do prazo de seis meses a partir da data em que foi publicada a Portaria.

FONTE

ANAC

Autorizado o concurso da ANAC

O Ministério de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) autorizou na sexta-feira, dia 09 de março, a realização de concurso público para prover 170 cargos do Quadro de Pessoal da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.
As oportunidades serão para pessoal de Nível Superior e Médio. São 30 vagas para Analista Administrativo, 75 para Especialista em Regulação de Aviação Civil (Superior), além de 20 vagas para Técnico Administrativo e 45 para Técnico em Regulação de Aviação Civil (Intermediário). A partir de novembro deste ano tais cargos deverão começar a ser providos.
O edital tem previsão de vir a público dentro de seis meses e a seleção estará condicionada à existência de vagas no período de nomeação, à autorização prévia do MPOG e à declaração do ordenador de despesa das reais condições de adequação orçamentária e financeira da nova despesa proporcionada pelo certame


FONTE

sexta-feira, 9 de março de 2012

Concurso MRE 2012

Foi liberada a portaria do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática 2012

Portaria:

O MINISTRO DE ESTADO, INTERINO, DAS RELAÇÕES EXTERIORES, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto nos artigos 1o e 5o do Regulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20 de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 de novembro de 1998, e alterado pela Portaria no 11, de 17 de abril de 2001, publicada no Diário Oficial da União de 25 de abril de 2001, resolve:

Art. 1o. Ficam estabelecidas as normas que se seguem para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2012.

Art. 2o. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2012 constará, na Primeira Fase, de prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de questões de Português, de História do Brasil, de História Mundial, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público.

Parágrafo Único. Será estabelecida reserva de vagas na Primeira Fase para candidatos afrodescendentes.

Art. 3o. A Segunda Fase constará de prova discursiva eliminatória e classificatória de Português.

Parágrafo único. Será estabelecida nota mínima para a prova de Português.

Art. 4o. A Terceira Fase constará de provas discursivas de História do Brasil, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público. Parágrafo 1o. As seis provas da Terceira Fase terão peso equivalente.

Parágrafo 2o. Será estabelecida nota mínima para o conjunto das provas da Terceira Fase.

Art. 5o. A Quarta Fase constará de provas escritas de Espanhol e de Francês, de caráter exclusivamente classificatório.

Parágrafo único. Cada uma das provas da Quarta Fase terá peso equivalente à metade do peso de cada uma das provas da Terceira Fase.

Art. 6o. Serão oferecidas, no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2012, 30 (trinta) vagas para a classe inicial da Carreira de Diplomata.

Art. 7o. O Diretor-Geral do Instituto Rio Branco fará publicar o Edital do Concurso.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Trabalhar na ONU

Como trabalhar na ONU?

As vagas disponíveis para trabalhar nos diversos escritórios do Secretariado da ONU são anunciadas diariamente através da Internet.

Devido à própria essência da missão das Nações Unidas, podem se candidatar para trabalhar na Organização especialistas de diversas áreas como medicina, direito, jornalismo, relações internacionais ou comunicação, somente para citar uns poucos exemplos. Porém, dois denominadores são comuns a todos os cargos nas Nações Unidas: o domínio de algum dos idiomas oficiais da ONU - inglês, francês, espanhol, chinês, árabe ou russo - e, na maioria dos casos, possuir um diploma universitário.

O processo é simples: basta acessar a página da Divisão de Recursos Humanos da Organização. Lá, o interessado encontra os cargos disponíveis organizados por áreas específicas, assim como informações sobre a vaga, o local de trabalho, exigências específicas do posto, salários e benefícios.





Funcionários da ONU participam de cerimônia na Assembléia Geral



Os candidatos que acreditarem possuírem as qualificações para determinado posto, devem preencher online o formulário de inscrição, seguindo os passos indicados no site. Desta forma, as informações do candidato serão disponibilizadas automaticamente no departamento de recrutamento da ONU que avaliará o candidato.

Encontram-se também, nesta mesma página, listados os cargos disponíveis para trabalhar nas Forças de Paz das Nações Unidas.

Os interessados em trabalhar nas agências, programas ou fundos que formam o Sistema das Nações Unidas, devem acessar as páginas específicas de cada um deles.

Em nenhum momento do processo de seleção será solicitado qualquer tipo de pagamento.


Quem trabalha nas Nações Unidas?
Economistas, tradutores, jornalistas, estatísticos, secretários, produtores de televisão, peritos em computadores, médicos e carpinteiros - estas são apenas algumas dentre a grande variedade de pessoas que, com diferentes especialidades e antecedentes, trabalham como funcionários das Nações Unidas.

O número do pessoal empregado mundialmente pelas Nações Unidas em toda a sua estrutura é de aproximadamente 16 mil pessoas - no Secretariado - e cerca de 65 mil em todo o Sistema. Provenientes de 175 países, os funcionários da ONU administram as políticas e os programas da Organização.




Funcionários da ONU também prestam assistência em missões de paz


Como são selecionados os funcionários?
Segundo a Carta das Nações Unidas, "a consideração principal que prevalecerá na escolha do pessoal e na determinação das condições de serviço será a da necessidade de assegurar o mais alto grau de eficiência, competência e integridade", acrescentando que deverá ser também levada em conta a "importância da escolha ser feita dentro do mais amplo critério geográfico possível".

Para assegurar essa diversidade, as Nações Unidas contratam pessoas qualificadas provenientes do maior número possível de países realizando o recrutamento de seu pessoal em todo o mundo. Concursos também são realizados para contratar profissionais em início de carreira.


Ajudar a realizar eleições em áreas de conflito, como no Haiti, em 2006, é uma das muitas tarefas dos funcionários da ONU




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Perguntas Frequentes Diplomacia

Por Renato Domith Godinho

O que é o concurso do Instituto Rio Branco?

Hoje, o Concurso para Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é ao mesmo tempo um vestibular para uma instituição pública de ensino profissional, o Instituto Rio Branco (IRBr), e um concurso público federal, em que os aprovados tomam posse em um cargo de funcionários públicos federais da carreira de diplomata. Quem é aprovado neste que é um dos concursos mais concorridos do país ingressa ao mesmo tempo no curso do IRBr e na carreira, no grau hierárquico de Terceiro Secretário. Ganha o salário integral de um diplomata em início de carreira, mas não começa a trabalhar de fato senão após concluir o curso, que costuma durar dois anos.

Nem sempre foi assim. Até 1990 e poucos, só se ingressava na carreira depois de concluído o Rio Branco. Os alunos do instituto contavam para seu sustento apenas com uma relativamente magra bolsa de estudos. A vida de um riobranquino hoje é bem mais feliz, ou, pelo menos, mais opulenta.

Onde posso obter informações sobre o concurso?

A primeira coisa a fazer é visitar a página do Instituto Rio Branco, que traz informações sobre a carreira. Lá também tem um link para o edital do concurso e para o Guia de Estudos. O Guia é uma publicação anual do Instituto. Ele fornece o importantíssimo programa de cada matéria que cai na prova. Lá você também encontrará a bibliografia recomendada, dicas de estudo, exemplos de questões de anos anteriores e outras informações úteis. É mais importante até, acredite, do que esta FAQ. Outro bom passeio é visitar um dos escritórios regionais do Itamaraty, se houver um em sua cidade, ou o próprio Itamaraty, se você está em Brasília. Então você encontrará impresso aquele mesmo Guia de Estudos em forma de livrinho, o que é muito mais conveniente do que baixá-lo da internet, poderá conversar com as pessoas (no meu tempo de estudo os diplomatas do Escritório em São Paulo, no Memorial da América Latina, eram muito legais, e gostavam de prosear com candidatos. Talvez ainda gostem) e, finalmente, conferir as publicações da Funag.

Que história é essa de inglês não ser mais obrigatório?

Não é exatamente verdade. A prova de inglês sempre foi e continuará sendo obrigatória. Aconteceu, porém, que, desde 2005, ela deixou de ser eliminatória. E não foi só ela. TODAS as provas após a primeira fase deixaram de ser eliminatórias, exceto a de português.

Antigamente, toda prova era eliminatória, o que significava que era necessário obter a nota mínima em todas. O resultado, no final da maratona, era que quase sempre acabavam entrando menos aprovados que vagas. Fazia bem para a imagem de “mau” do concurso, mas no meu entender era um desperdício. Se precisamos contratar 30 diplomatas, por que admitir só 27? Uma deficiência em uma matéria poderia ser amplamente compensada pela eficiência nas outras.

Com a mudança, não deverão mais sobrar vagas, e as pessoas vão ter de competir umas contra as outras, ao invés de competir contra as notas mínimas. A ordem de classificação é que vai determinar quem fica e quem volta pra casa. Por exemplo, se 150 pessoas passarem na prova (eliminatória) de português, mas só houver 50 vagas naquele ano, os aprovados serão os que obtiverem as 50 melhores médias em todas as provas.

Em outras palavras: quem zerar ou tirar nota muito baixa em inglês, ou em outra prova qualquer, não passará no concurso de qualquer forma, simplesmente porque outros candidatos terão médias melhores. É por isso que achei um exagero toda a polêmica criada na imprensa em torno da mudança. É verdade que, em um concurso com 100 vagas, é possível que alguém possa ser aprovado com uma baixa média em inglês, desde que compense nas outras. Mas não há de ser nada que não possa ser sanado — as aulas de inglês que tive no Instituto Rio Branco foram muito boas — bem acima da média peculiar a essa insigne instituição.

Preciso saber falar francês?

Não. No meu ano o concurso sequer tinha prova de francês. Agora ela voltou e, ainda que não seja eliminatória, algum francês vai ajudar a fazer a diferença em relação a outros candidatos. Fora isso, já se foi o tempo em que o francês era a língua diplomática oficial. Hoje, se há um idioma oficial da diplomacia, é o inglês. Francês ajuda, principalmente se você for trabalhar um dia em um país francófono, mas não é mais essencial como foi no passado. O espanhol é hoje muito mais útil para um diplomata brasileiro, uma vez que estamos cercados de países de fala hispânica com os quais mantemos relações importantes.

Quais são os requisitos para passar no concurso?

Legalmente, é preciso ser brasileiro nato, estar em dia com as obrigações eleitorais e de serviço militar, ter a ficha limpa na polícia e ser formado em um curso superior reconhecido no Brasil pelo Ministério da Educação (MEC). Qualquer curso superior. Apesar de mais ou menos metade dos aprovados no concurso serem via de regra formados em direito, e muitos outros em relações internacionais, conheço diplomatas formados em engenharia, medicina, letras e ciência da computação. Eu mesmo sou formado em jornalismo. Diplomas estrangeiros, só se reconhecidos pelo MEC.

Já na prática, para passar no concurso exige-se um domínio bastante razoável do programa previsto para as provas; boa capacidade de raciocínio e principalmente de escrita; bom nível em inglês. Já disse que esse concurso tem fama de ser um dos mais difíceis do país. É bem mais difícil do que ser aprovado em um vestibular concorrido, como o da Fuvest; é bem mais fácil do que compor uma boa sinfonia em quatro movimentos ou projetar a nova geração de CPUs. Talvez seja mais fácil que ser aprovado nos mais concorridos trainees para gerência de multinacionais no Brasil.

Espero não ter que ressalvar que, apesar de tudo o que disse acima, fácil e difícil são conceitos relativos; o que é fácil para um pode ser muito difícil para outro, e vice-versa.

Eu tenho dupla nacionalidade. Serei aceito no concurso?

A Constituição reza que, exceto as exceções, quem pede para ser naturalizado como nacional de outro país perde a identidade brasileira. No entanto, já ficou estabelecido que, em boa parte dos casos em que um brasileiro tem uma nacionalidade estrangeira, não foi ele que pediu uma outra nacionalidade — a dupla nacionalidade é apenas reconhecida, segundo as leis próprias do país estrangeiro, e portanto não há perda da nacionalidade brasileira. Assim sendo, não há obstáculos ao ingresso desses seres cosmopolitas no concurso. E não, não vão suspeitar que você é um agente duplo trabalhando para vender o Brasil para a Itália. Só tem uma coisa: a Lei do Serviço Exterior afirma que, para casar-se com estrangeiros, os diplomatas precisam da autorização do Ministro de Estado.

Estudando para o concurso

Quanto tempo devo estudar?

Você espera mesmo que eu responda a isso? Esqueça. Há pessoas que estudam por meia década até passarem. Outras (raríssimas, admito) não estudam quase nada. Eu fiz seis meses de um curso preparatório com aulas cinco vezes por semana, todas as noites, comparecendo às aulas, e lendo, com vagar, os livros mais interessantes da bibliografia. Não podia fazer mais porque, afinal, tinha que trabalhar e cuidar de que minha namorada não me largasse. Já na reta final, a seis semanas das provas da terceira fase, as que eu mais temia, larguei tanto o cursinho quanto o emprego e estudei intensamente, sozinho, oito horas por dia, sublinhando (ugh!) fazendo fichamentos (argh!) e tudo mais. Funcionou, para mim.

Cada um deverá encontrar a fórmula que melhor lhe convier. É importante ter consciência do grau de conhecimento necessário e das próprias deficiências localizadas.

Preciso ler toda a bibliografia listada no Guia de Estudo?

Não. Deixe-me dizer isso de novo. Não. Não desperdice seu tempo esgotando a lista pretensiosa, redundante e por vezes desnecessária que costumam publicar no Guia. Não quero dizer com isso que não haja obras importantes arroladas lá. Pelo contrário: a maior parte do que você vai precisar estará lá. Porém, priorize as disciplinas e, dentro delas, selecione as obras mais proveitosas. Evite as excessivamente especializadas.

Por outro lado, se você puder, não tenha medo de gastar dinheiro com livros. Construa uma pequena biblioteca pessoal. Eu, particularmente, nunca gostei de ler em bibliotecas, e acho chato ficar pegando títulos emprestado e pedindo renovação constantemente. Eu gastei mais de mil reais, se me lembro bem. Compre o que der em bons sebos e o resto nas livrarias. Você estará comprando bons livros, que lhe serão proveitosos mesmo na hipótese de você não passar. Evite estudar uma pilha de xerox mal encadernados. Ler em livros é muito mais cômodo e tem menos cara de “estudo”. Se vai ter que passar um bom tempo estudando para o concurso, é bom tornar a experiência o mais agradável possível.

Que matérias devo priorizar nos meus estudos?

Inglês é fundamental. Não basta um inglês desses de CCAA. O nível da prova é altíssimo, a exigência é que se escreva um inglês correto de verdade, um inglês que o norte-americano médio provavelmente não alcançaria. Português também, e é ainda mais complicado, pois a banca é exigente e idiossincrática. Se a primeira fase é a que quantitativamente mais elimina, a prova de português talvez seja a mais terrível. Como Parcas munidas de canetas vermelhas, a inescrutável Banca Corretora parece determinar às cegas quem vai passar e quem não vai, por melhor que seja o vernáculo praticado pelos pobres mortais em seu poder. Seu julgamento, porém, não é tão arbitrário. Na verdade, o importante é aprender o português DELA, da banca. Um português todo quadrado, certinho, virgulado, objetivo e sem firulas. Há muita má vontade contra o excesso de zelo da banca de português, inclusive de minha parte, mas às vezes penso que, no fundo, ela pode ter razão. Ou não.

Afora isso, as provas de História e de Política Internacional (antes “Questões Internacionais Contemporâneas”) são as mais importantes em termos de conteúdo. E, por fim, apesar de menos exigentes, não se pode ignorar as provas de Economia, Direito (internacional e administrativo) e Geografia.

É possível passar estudando só as apostilas da Funag?

Não. Para quem não sabe, a Funag é a editora do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Ela publica apostilas chamadas “Manual do Candidato”, uma para cada matéria da prova. Português, História, Geografia, etc. Considere-as um ponto de partida, um porto seguro que lhe dará uma idéia do tipo de conteúdo abrangido pelas provas. Não é suficiente estudar só nelas, vai ser preciso correr atrás dos livros. As apostilas da Funag podem ser adquiridas nos Escritórios Regionais do Itamaraty, em algumas livrarias especializadas e na própria Funag, na sede do MRE ou em sua loja virtual na internet.

Que livros você recomenda que eu estude?

Posso recomendar alguns que eu usei e gostei. Você faria muito bem se cruzasse algumas outras listas, porque a utilidade dos livros deve variar de acordo com o conhecimento que cada um já tem das matérias. Aí vão, por disciplina:

História: História do Brasil, Boris Fausto, Edusp. Para história da diplomacia no Brasil, temos o incontornável História da Política Exterior do Brasil, Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, Editora da UnB. Para história geral, o melhor é ler os quatro livros de Eric Hobsbawm, historiador cuja feiúra só é comparável à sua onisciência: Era das Revoluções, Era do Capital, Era dos Impérios e Era dos Extremos. Apesar de serem boas as edições da Companhia das Letras, Aproveite e compre-os em inglês, na Livraria Cultura ou em bons sebos, para treinar também a leitura no idioma. Complete-os, porém, com a leitura de um bom livro texto de História Geral, mais resumido. O livro Diplomacy, de Henry Kissinger, mais focado em alta política internacional, também é uma boa pedida. Também sugiro lê-lo em inglês.

Geografia: por incrível que pareça, o melhor a fazer nessa matéria é deixar de lado a maior parte da bibliografia recomendada e estudar em livros de geografia do 2º grau. É muito bom o de Demétrio Magnolli e Regina Araújo. Chama-se Projetos de Ensino de Geografia, e tem dois volumes: Geografia do Brasil e Geografia Geral. A apostila de geografia da Funag é baseada nesse livro, mas o livro é muito melhor.

Economia: Economia Brasileira Contemporânea, vários autores, Ed. Atlas. O livro é excelente, cobre história econômica do Brasil, macroeconomia, microeconomia, contas nacionais, história do pensamento econômico, tudo. E é muito fácil de entender, comparado com outros manuais que existem por aí (desconfiem do chamado “manual dos professores da USP”! Para não-economistas, é grego). O livro clássico de Celso Furtado, Formação Econômia do Brasil, além de também ser muito bom e muito claro, serve também para a prova de história.

Política Internacional (ex-Questões Internacionais Contemporâneas): para esta disciplina é mais difícil arrumar um livro de base. O conteúdo é disperso e fica rapidamente ultrapassado. Um ponto de partida é o manual da Funag. Há também os livros que estão na bibliografia do Guia de Estudos. Mas o negócio é ficar atualizado, ler artigos e revistas sobre Alca (que, aliás, já era), Mercosul, EUA, etc. etc. Tem um site chamado RelNet (www.relnet.com.br) que é bem bacana. Lá você pode fazer um cadastro e receber por email boletins diários com uma coletânea de notícias de jornais do Brasil e do mundo sobre esses temas. No próprio site tem um monte de artigos que vale a pena ler.

Direito: Um livro muito bom é o Curso de Direito Internacional Público, Guido Soares, Editora Atlas. Para o direito interno, consulte uns livrinhos da Editora Saraiva, baratos, da coleção Sinopses Jurídicas. Os mais importantes são os vols. 17 e 18, mas o vol. 1 e o vol. 19 também podem servir (leia-se: seu conteúdo pode cair na prova).

Você tem alguma dica para a hora de estudar?

Eu segui uma dica que um amigo me passou, com excelentes resultados. Tenha um caderno de “fichamentos” para cada disciplina. A cada coisa que ler, um capítulo de um livro, um tópico do plano de estudos, faça logo em seguida o fichamento em que você resumirá as principais idéias do trecho lido e anotará suas observações, dúvidas e correlações mentais com outros livros, idéias ou capítulos que já tenha lido.

Na próxima vez em que for estudar essa matéria, leia primeiro o fichamento que escreveu da vez anterior. Se, ao ler, perceber que lhe vieram dúvidas acerca do conteúdo, esclareça-as voltando ao texto original. Em seguida, retome o livro e avance por mais um capítulo ou trecho e faça novo fichamento no caderno. Vá dormir.

Na terceira vez em que for estudar a disciplina, leia tanto o fichamento do primeiro dia quanto o do segundo. Avance mais um trecho, etc. Sempre, ao começar uma sessão de estudos, leia todos os fichamentos anteriores até já ter relido o primeiro deles por três vezes. Na quarta, descarte a releitura daquele e comece já do segundo.

Com esse método, você repassa cada conteúdo específico da matéria cinco vezes: uma ao ler, outra ao fichar, e mais três vezes com as releituras do fichamento. Se isso não fixar a matéria em sua cabeça, não sei o que o fará.

Você tem alguma dica para a hora de fazer as provas?

Tenho. O formato das provas muda um pouco a cada ano, mas alguma coisa posso dizer da minha experiência.

No Teste de Pré-Seleção (TPS): no meu tempo, a primeira fase da prova não era preparada pelo Cespe, que apenas a aplicava, e portanto não empregava o ignominioso método de anular uma questão correta para cada questão errada que o candidato marcar. A partir do segundo semestre de 2003, o Cespe passou também a elaborar a prova, e esse método passou a ser usado desde então. Fazer isso significa desencorajar o “chute”, pois em muitos casos torna-se melhor deixar a questão em branco do que arriscar a perder um ponto. Para mim isto privilegia o estudo obcecado e a memória em detrimento da capacidade de raciocínio, da inteligência e da criatividade. No método do Cespe, o candidato tem que saber a resposta. No método antigo, sempre se podia chutar, procedendo por eliminação e raciocinando com mil hipóteses e correlações em torno de uma questão desconhecida para chegar a uma ou duas alternativas prováveis.

Mesmo com as regras do Cespe, acho que vale a pena “chutar” algumas questões, desde que se tenha mais de 60% de certeza. E por fim um conselho prático e óbvio: reserve um tempo para preencher, sem erros, o cartão de resposta.

Na prova de português: Faça todos os exercícios menores e deixe a redação para o fim. A redação demanda tanta energia mental que, se você começar por ela, poderá ficar esgotado demais para fazer direito o resumo e os outros exercícios, mesmo que você não tenha usado todo o tempo disponível.

Escreva de forma contida e precisa. Evite viajar na maionese, e só esnobe erudição se tiver muita certeza do que está falando e de que aquilo se aplica estritamente ao caso analisado. Não procure “enfeitar” a redação.

Reserve um tempo para passar a redação a limpo. Pelo menos meia hora, melhor se forem quarenta minutos.

Apesar do que eu disse sobre a banca corretora, sou dos que acreditam em sua previsibilidade. Se for reprovado, vá obter vista da prova, como é seu direito. Estude as correções e os critérios que a banca usou, e tente aprender com os seus erros. Procure escrever como a banca quer que escreva.

Em todas as provas: se você acabou a prova muito antes do tempo máximo, é porque jogou fora a chance de ir melhor. Todo mundo sabe que tempo é dinheiro, mas nem todos se dão conta de que, em uma prova, tempo é NOTA. Se obtenho nota 5,5 em duas horas, poderia conseguir 6,5 ou 7,0 se dispusesse de quatro. Deixe a preguiça para outra hora. Resolva primeiro todas as questões que sabe, e labute nas que não sabe até o fim. Sempre se pode ter uma idéia luminosa, preencher um branco, refinar um argumento ou encontrar um erro nos vinte minutos finais. Como diriam os personagens de Monteiro Lobato, dê tratos à bola até descobrir a resposta para aquela questãozinha que te dará 0,2 ponto ou até acabar-se o tempo.

Nas provas orais: no momento em que escrevo, no 1º semestre de 2006, já não há provas orais. Quando voltarem, voltarei também a falar delas.

Cursos preparatórios

Devo fazer um curso preparatório?

Um curso preparatório — ou uma preparação com professores particulares — não é indispensável, mas é muito recomendável. Para além das aulas e do conteúdo propriamente dito, um curso lhe abrirá a oportunidade de ter contato rápido com os temas, de receber dicas de bibliografia e principalmente de socializar e conhecer gente que quer o mesmo que você. Dependendo de sua personalidade, se você tem que estudar por meses a fio, é melhor não fazê-lo sozinho, em casa, arriscando-se ao desânimo e à depressão. Um curso dá ânimo para continuar a estudar — nem que seja apenas por se estar pagando caro — a pessoas que, como eu, são demasiado preguiçosas quando se trata de estudo.

Aliás, pode chegar um momento em que o cursinho deixa de ajudar e começa a atrapalhar. Entre a segunda e a terceira fases, o que fiz foi SAIR do cursinho para que me sobrasse mais tempo para estudar de verdade. O tempo gasto no trânsito e em aulas irregulares e lentas, que tinham de atender a várias pessoas, passou para mim a não valer mais a pena a partir de certo ponto.

Os cursos preparatórios e as aulas particulares, por fim, são muito caros. Se não pode arcar com o tempo e o dinheiro necessários, o melhor que tem a fazer é encontrar outros candidatos em sua cidade e montar com eles um grupo de estudos. De novo: isso funciona para prazos mais longos. Estou convencido de que estudar sozinho é mais eficiente quando o tempo é curto.

O que é melhor? Fazer um curso completo ou contratar professores particulares individualmente?

Nenhuma opção é melhor em si. Depende do que estiver disponível em sua cidade. De maneira geral, São Paulo e Brasília, por exemplo, são conhecidos por seus cursos preparatórios bem organizados e bem preparados. Já o Rio de Janeiro até há algum tempo não tinha cursinhos completos, mas a ex-capital federal e ex-sede do Itamaraty conta com um rico leque de excelentes professores particulares especializados no concurso do Rio Branco, que precisam ser contatados e contratados individualmente. Nesse sistema você tem a vantagem de poder selecionar os melhores professores em cada matéria, contornando o maior problema dos cursinhos, que é a irregularidade do nível das aulas. Pelo relato de meus colegas cariocas, porém, aviso que contratar dessa maneira professores para várias disciplinas pode sair MUITO mais caro do que pagar a mensalidade de um cursinho completo.

Quais são os cursos preparatórios disponíveis em minha cidade?

Há poucos anos era muito difícil encontrar fora de Brasília ou São Paulo um curso preparatório especializado, mas agora há cursos em diversas grandes capitais do país, e outros estão aparecendo todo ano. A lista que segue está longe de ser completa. Se você é aluno, professor, dono ou simpatizante de um curso não listado aqui, faça a gentileza de me mandar um e-meio (endereço disponível na minha página web) listando as informações de contato, o endereço e, se houver, o endereço web do curso, que terei o maior prazer em incluí-lo neste espaço.

Brasília

Curso JB (também conhecido como “Cursinho do Ministro”, talvez pelo fato de o dono ser um diplomata de carreira. Até 2004, o nome era “Cursinho do Conselheiro”. Veja hierarquia da carreira).

Dados

Carreira Diplomática (outro curso bastante conhecido em Brasília)

Dados

Belo Horizonte

IBRAE – o primeiro, e dificilmente ainda o único, curso preparatório para o Rio Branco em Minas Gerais.

Alvares Cabral, Nº 397 – sala 1901

Telefone: (031) 3224-8073

São Paulo

Grupo de Humanidades – o curso que fiz. Recomendo.

Dados

Curso Rio Branco (não confundir com o próprio Instituto Rio Branco)

Dados

Curso Itamaraty (não confundir com o Itamaraty)

Dados

Professores particulares em São Paulo (DDD 011):

Alison Francis (Inglês) 3864-0409

Claudia Simionato (Português) 9681-8022

José Roberto Franco da Fonseca (Direito Internacional) 3255-8326

Tânia Melo (Inglês) 2275-9423

Rio de Janeiro

Argus Cultura

Dados

Curso Clio – quem me indicou elogiou muito sua infraestrutura, corpo docente e acervo.

Rua Gonçalves Dias, 85, 5º andar, Centro

Telefones: (21) 2221-9879 / 2221-2958

Professores privados no Rio (todos com DDD 021):

Adriano da Gama Khury (Português) 2551-5162

Edgar Pêcego (História do Brasil) 2539-8014

Eduardo Garcia (Português) 2205-7484

Lídia Bronstein (Geografia) 2239-4723

Marcus Vinicius (História Geral e Questões Internacionais Contemporâneas) 2535-3018

Paul Rickets (Inglês) 2511-0940

Raquel Dana (Inglês) 2235-0254

Sônia Ramos (Português) 2239-8418

Suzana Roisman (Inglês) 2274-5874

Williams Gonçalves (História Geral e Q.I.C.) 2568-4354

Que curso você recomenda?

O curso que eu fiz chama-se Grupo de Humanidades. Fica num sobrado simpático dentro de uma vilinha na Vila Mariana, em São Paulo. Estava longe de ser perfeito, claro. Havia professores muito bons e outros nem tanto. Mas não me arrependo, em absoluto. Na época, era o único, creio, a ter um módulo extensivo, com aulas todos os dias da semana. Não saberia, porém, recomendar o melhor curso. Cada um tem seus pontos fortes e fracos, horários diferentes, mensalidades diferentes. Se houver opção em sua cidade, sugiro que visite alguns, peça para assistir a algumas aulas, e chegue à sua própria conclusão.

O Instituto Rio Branco

Quanto tempo dura o curso do Rio Branco? (PROFA-I)

O Programa de Formação e Aperfeiçoamento de Diplomatas, estritamente falando, dura um ano. O curso do Rio Branco, porém, costuma durar mais. Como desde 2002 o curso transformou-se em um mestrado, há aulas adicionais que fazem parte do mestrado, mas não do PROFA-I, e há tempo previsto para sessões de estudo com seu orientador e para elaborar a dissertação acadêmica. Conte, portanto, com dois anos de vida acadêmica.

Eu ganharei uma bolsa durante o curso?

Como já disse acima, ao ingressar no Rio Branco, o aluno ingressa também na carreira diplomática, no grau de Terceiro Secretário. Não tem necessidade alguma de uma bolsa de estudos, visto que recebe o salário integral do início da carreira.

Há aulas de línguas?

Há aulas obrigatórias de inglês, francês e espanhol. O objetivo é que todos egressem do Rio Branco com conhecimento operativo das três línguas. Além disso, o Instituto Rio Branco oferece aulas opcionais de diversos outros idiomas, do alemão ao chinês, passando pelo árabe. No meu tempo, a turma reunia um número mínimo de interessados e entrava em contato com um professor, que era então remunerado pela instituição. Recentemente, esse sistema sofreu reformas, e ainda não está claro qual será o novo método de ensino de línguas estrangeiras que não as três já mencionadas.

Quais são as matérias estudadas?

Além dos idiomas, o PROFA-I tem aulas de Linguagem Diplomática, Direito Internacional, Histórias das Relações Exteriores do Brasil, Política Externa Brasileira, Economia Internacional, Teoria das Relações Internacionais e Leituras Brasileiras.

Além dessas disciplinas regulares, o Instituto Rio Branco costuma oferecer outras disciplinas, ligadas ou não à atividade do mestrado, segundo seus objetivos. Há ainda uma fervilhante atividade de seminários e palestras que põe os alunos em contato com personalidades acadêmicas, diplomatas, políticos e autoridades do Brasil e do mundo.

Como assim, “Mestrado em Diplomacia”?

Desde 2002 o curso do Instituto Rio Branco tem valor de mestrado, o que requer, como sua atividade principal, o preparo pelo aluno de uma dissertação acadêmica. Esta pode versar sobre temas ligado às relações internacionais do Brasil, ao direito internacional, à economia internacional ou à questões de identidade nacional. Como vê, a margem é ampla. O aluno escolhe seu orientador acadêmico dentre uma lista de nomes fornecida pelo Instituto. Nem todos são professores do Rio Branco.

O curso do Rio Branco é reconhecido pela CAPES como Mestrado Profissional, avaliado com conceito 4 em uma escala de 1 a 7.

Como foi, pra você, estudar no Rio Branco?

O Rio Branco é muito idealizado por quem está fora. Quando se entra, descobre-se que é um curso como o de qualquer universidade, com algumas aulas boas, outras ruins, professores sérios, professores picaretas, trabalhos entregues na última hora e, dependendo do caso, uma ou outra guerrinha de bolas de papel amassado. A diferença é que os alunos vestem terno e gravata e ganham já o salário inicial da carreira, para estudar. Eu não sou maluco de desprezar o privilégio de receber dinheiro para estudar, mas é verdade que alguns se cansam cedo das carteiras do Rio Branco e querem logo ir para o Itamaraty, para trabalhar “como gente grande”. Para mim, com certeza, o contato com minha turma foi a melhor coisa do Rio Branco: o concurso se encarrega de que muitas pessoas inteligentes e interessantes irão tornar-se seus colegas.

Você gostou das aulas?

Gostei muito de poucas e razoavelmente de algumas, o que me coloca, em grau de satisfação, acima da média das pessoas de minha turma e de outras turmas que conheço. Acho que o problema é que muitos chegam ao Rio Branco esperando demais e se decepcionam. Por mais que reclamem do curso ou das aulas, porém, não vi ninguém, até agora, desistir da carreira por causa disso.

É possível ser reprovado?

Teoricamente, sim. Teoricamente, o Rio Branco insere-se naqueles três anos de estágio probatório, previstos em lei, durante os quais o funcionário público recém-ingresso ainda não adquiriu estabilidade na carreira, podendo ser demitido sem necessidade de uma acusação grave e de um processo administrativo. Assim, em teoria, se um aluno não passar no Rio Branco, não será confirmado no Serviço Exterior — em outras palavras, perderá o emprego.

Na prática, só será reprovado quem se esforçar muito para isso. Afinal, se você passou no concurso é porque lhe sobra capacidade para acompanhar o curso, a menos que resolva mandar tudo às favas, faltar à maior parte das aulas e não fazer nenhuma prova ou trabalho.

Se você não fizer a dissertação de mestrado, terá, de todo modo, cumprido o PROFA-I e prosseguirá sua carreira normalmente, apenas sem o título acadêmico.

É possível, ainda, “ficar de segunda época” em uma disciplina ou outra. Nesses casos, pode-se combinar com o professor a feitura de um trabalho ou uma prova suplementar que resolva o problema.

Poderei, durante o Rio Branco ou depois dele, exercer alguma outra atividade remunerada na iniciativa privada?

Diplomatas são funcionários públicos federais e portanto devem ter dedicação exclusiva ao Estado, sob pena de inquérito administrativo e possível exoneração. Exceções únicas: atividades de magistério e remuneração a título de direitos autorais por obras de autoria própria (e.g., livros, artigos, fotografias). Tenho colegas que dão aula em faculdades particulares, sem problema.

E haverá tempo disponível para isso?

Tempo, durante o curso no Rio Branco, há. Depois, vai depender da divisão em que for trabalhar, do ritmo do seu chefe e da sua própria disposição e prioridades.

Durante o curso, há quantos meses de férias por ano?

Dois meses de recesso, janeiro e julho. No final de dezembro (23 em diante) também não costuma haver aulas. Mas oficialmente só temos um mês de férias, e após um ano no Rio Branco podemos tirá-las e ganhar o adicional de férias como todo funcionário de carteira assinada, mas o período de férias tem de coincidir com o recesso no Rio Branco.

Terei um estágio no exterior ao fim do Rio Branco? Por quanto tempo?

Essa é uma pergunta sensível. Tradicionalmente havia um estágio de três meses em uma embaixada ou outro posto do Brasil no exterior. Esse estágio, porém, nunca foi considerado parte integrante do curso do Rio Branco, e sua duração, formato e destino costumam ficar à mercê das preferências flutuantes dos diretores do Instituto e dos manda-chuvas do Itamaraty. A turma de 2002, por exemplo, foi enviada por um ano inteiro ao exterior, deixando de matar a sede anual da Secretaria de Estado em Brasília por novos diplomatas. A turma seguinte pagou pela prolongada ausência da anterior ficando sem estágio e sendo lotada imediatamente nos departamentos e divisões do Ministério. Talvez volte a haver estágio em anos vindouros. Talvez não.

E o PROFA-II?

Não tenho a menor idéia de por que o PROFA-I chama-se PROFA-I, pois não há nenhum PROFA-II. Isso não quer dizer que o diplomata não tenha que voltar a estudar. Ao longo de sua carreira, ele poderá voltar duas vezes às mesas escolares do Rio Branco: uma vez para fazer o Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (CAD), obrigatório para promoção ao cargo de Primeiro Secretário; e outra para o Curso de Altos Estudos (CAE), obrigatório para promoção ao cargo de Ministro de Segunda Classe.

Carreira diplomática

O que “faz” um diplomata?

O diplomata é o funcionário público que cuida da formulação da política externa e do manejo diário das relações exteriores do Estado Brasileiro, incluindo o apoio a cidadãos brasileiros no exterior. Você com certeza já ouviu falar que, com a globalização, as tecnologias de comunicação e transporte e a crescente interdependência entre os Estados, os países envolvem-se em um número cada vez maior de questões cada vez mais especializadas etc. etc. etc. Na prática, isso significa, para os diplomatas, mais trabalho. Há cada vez mais órgãos internacionais, reuniões e foros bilaterais (dois países), plurilaterais (alguns países) e multilaterais (um montão de países) sobre os temas mais diversos, nos quais o Brasil tem pelo menos algum interesse. Isso, somado à cada vez maior comunidade brasileira na diáspora e à necessidade de abrir novas embaixadas em países menores, explica por que o governo está atualmente ampliando em 25% o quadro de diplomatas.

Qual a diferença entre embaixada e consulado? O diplomata trabalha nos dois?

Em tese, uma embaixada é a representação do Estado Brasileiro junto a um Estado estrangeiro. Trata, portanto, dos contatos políticos e econômicos intergovernamentais, e sempre se localiza na capital política do país em questão. Um consulado é um posto avançado do Estado Brasileiro em outro país, com o fim principalmente de prestar apoio aos brasileiros no exterior, mas também, supostamente, de realizar atividades de divulgação cultural, promoção comercial e assistência à iniciativa privada. Se em cada país há no máximo uma embaixada do Brasil, por outro lado em um só país pode haver diversos consulados, desde que a existência de várias cidades importantes ou com grande presença de brasileiros o justifique. É comum ainda que a embaixada acumule as funções de consulado na capital em que se localiza.

No início do século XX, havia, no Brasil, carreiras separadas para funcionários diplomáticos e consulares. De há muito, porém, as carreiras são unificadas, e o diplomata pode servir tanto em embaixadas quanto em consulados.

Como é o dia a dia de um diplomata?

O dia-a-dia do diplomata pode ser muito diferente, dependendo de onde ele está e do que está fazendo. Podemos dividi-lo em dois momentos principais: exterior e Brasília. Toda a carreira se alterna entre estes momentos: alguns anos no exterior, alguns em Brasília. Alguns no exterior, alguns em Brasília. E assim vai…

Tá bom, como é o dia-a-dia de um diplomata quando no Brasil?

Quando se está em Brasília, como é o meu caso atualmente e é sempre o caso de quem está começando, o diplomata é um funcionário público, um burocrata do Ministério das Relações Exteriores. Há montes de divisões, departamentos e áreas, cada uma cuidando de uma coisa. ONU, meio-ambiente, desarmamento, cultura, fome no mundo, Mercosul, Alca, relações bilaterais (um departamento para cada continente) e por aí vai. Prepara-se discursos, relatórios, instruem-se as embaixadas no exterior, faz-se pesquisas, viaja-se para participar de encontros internacionais que duram alguns dias. Há também divisões administrativas, em que o diplomata não vai cuidar de política externa, mas do funcionamento do Ministério: RH, material, patrimônio, passagens aéreas, hotéis, passagens etc. Há por fim o Cerimonial, que organiza a logística de eventos que o Brasil sedia, organiza visitas de Chefes de Estado ao Brasil e planeja e acompanha as viagens do nosso Presidente ao exterior. É onde existe de fato aquele trabalho clichê de um diplomata — dispor quem senta onde no jantar, fazer convites, preparar salamaleques. Mas não é só isso. O Cerimonial planeja agendas, reserva hotéis, salões de convenções, prepara transportes, credenciais e coordena o trabalho de segurança com a Polícia Federal e o Exército.

Ao longo de sua carreira, um diplomata trabalhará em diversas divisões, e terá de se adaptar a assuntos e rotinas um tanto diferentes. Muitas tarefas, no entanto, envolvem escrever. Escrever para as embaixadas nossas no exterior, dando-lhes instruções, escrever para as embaixadas estrangeiras aqui, escrever para outros ministérios de modo a coordenar políticas ou pedir apoio ou participação em algum evento, escrever relatórios para serem lidos pelo secretário-geral, pelo ministro e pelo presidente da república. Escrever discursos para alguém pronunciar, escrever, escrever, escrever… Há ainda incontáveis reuniões de debate, coordenação ou negociação, seja dentro do Ministério, seja com outros Ministérios, seja com outros países.

E no exterior?

No exterior é que o diplomata fica realmente parecido com o conceito que as pessoas têm de diplomata. Com seus companheiros de embaixada (de dois a vinte e poucos diplomatas brasileiros, dependendo do país, mais diversos oficiais e assistentes de chancelaria e outros funcionários), ele irá acompanhar a vida política do país e fazer relatórios para os colegas da divisão correspondente em Brasília, sob o comando do Embaixador, que é o chefe do posto. Poderão agitar eventos culturais, participar de coquetéis com autoridades do país e com diplomatas de outros países, preparar o terreno para visita de autoridades brasileiras ao país em que ele estiver, cuidar da administração da embaixada, responder à imprensa local se ela quiser saber algo sobre o Brasil, e em geral ajudar a representar nosso país no exterior. Deverão escrever muito, também, preparando comunicados e relatórios para seus pares em Brasília.

Nos consulados, os diplomatas ajudarão os cidadãos brasileiros no exterior. Serão a face amiga do Estado brasileiro para o brasileiro que está lá fora. Vistos, casamentos, prisões, expulsões, imigração, crimes, comércio, negócios… não ache que brasileiro não dá trabalho. A vida de um diplomata, enfim, poderá ser muito diferente dependendo da área de trabalho, quer se esteja no exterior, quer no Brasil.

Qual é o “perfil” para ser diplomata?

Que pergunta estranha… mas como já ma fizeram algumas vezes, vou responder. Não há um “perfil” para ser diplomata. Já vi gente de todo tipo, lá. Todo tipo. Mas acho que, em termos de formação acadêmica e interesses, o tipo padrão é formado em direito, tem interesse por questões internacionais e gosto por línguas. Talvez um pendor para a insanidade leve, mas isso é controverso. Porém, já escrevi que a vida do diplomata muda muito ao longo da vida. A cada poucos anos um tema, uma situação, um país, uma língua diferentes. Acho, portanto, que uma característica desejável é a capacidade de adaptação e de acomodação.

Quanto tempo se passa no exterior?

O tempo varia segundo a carreira de cada um. Você pode ficar mais tempo no exterior ou mais no Brasil. É razoável supor que metade da vida profissional de um diplomata, em média, desenvolve-se em postos no exterior. Não é possível, porém, passar mais de oito anos consecutivos no exterior (dez anos para embaixadores), e dificilmente um diplomata passa mais de três anos em um só posto.

Se eu não quiser, serei obrigado a me mudar para um determinado país?

Não. Ninguém é obrigado a ir para onde não quer, embora o Ministério disponha de diversas maneiras de incentivar e convencer as pessoas a irem para países prioritários para a política externa. Aliás, só é removido (transferido para um posto no exterior) quem se inscreve, internamente, em um plano de remoção. Porém, como a ascensão na carreira tem entre seus requisitos legais um número mínimo de anos de serviço no exterior, todos terão que se inscrever mais cedo ou mais tarde, caso queiram progredir na carreira. O salário no exterior, sempre muito maior do que no Brasil, também é incentivo relevante.

Como é, então, que escolho os países onde vou servir?

Há muita flexibilidade e razoável poder de escolha, embora seja difícil obter uma vaga nos postos mais concorridos. Você escolhe para que país irá segundo as vagas disponíveis no momento em que pede a remoção, escolha esta condicionada por regras que se alteram a cada plano. Os postos no exterior são classificados em A (países desenvolvidos e cidades com boa qualidade de vida, como Paris, Nova York, etc.), B (países e cidades com qualidade de vida intermediária, como Praga, Montevidéu, Santiago), e C (o resto, como Pequim, Nova Delhi, Quito e cidades da África subsaariana). Estão estudando criar uma categoria D, para os postos em que a vida é mais difícil.

O sentido dessa categorização é que há várias regras para equilibrar a escolha dos postos e reduzir privilégios e injustiças: em postos C, por exemplo, você ganha mais em relação ao custo de vida do país e depois tem o direito de sair para um posto A; não se pode ir para dois postos A consecutivos, etc.

É possível seguir uma carreira acadêmica pararela à diplomática?

São cada vez mais raros os casos de diplomatas como Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, José Guilherme Merquior e outros, que conseguem conciliar a atividade de diplomata com uma carreira extremamente bem sucedida em outra área, como a acadêmica. Será que isso quer dizer que os diplomatas hoje têm que trabalhar mais? De qualquer forma, isso não quer dizer que não haja abertura. Muitos aproveitam seus períodos no exterior para fazer um doutorado, por exemplo, conciliando-o com o trabalho. Diversos outros seguem dando aulas e publicando livros. Não há licenças especiais para isso, porém, exceto licenças não-remuneradas. Se quer seguir carreira acadêmica, é por sua conta.

Como é a hierarquia da carreira?

É a seguinte, de cima para baixo na cadeia alimentar:

Ministro de Primeira Classe (vulgo “Embaixador”).

Ministro de Segunda Classe (vulgo “Ministro”)

Conselheiro

Primeiro Secretário

Segundo Secretário

Terceiro Secretário

Exceto em casos especiais, apenas um diplomata que alcança o grau de Ministro de Primeira Classe pode servir como embaixador do Brasil em algum país estrangeiro, daí esse grau ser chamado, por comodidade, de “Embaixador”. Em países pequenos e menos importantes, com embaixadas menores, um Ministro de Segunda Classe pode eventualmente servir como Embaixador. Há também indicações políticas, normalmente raras, em que o Presidente da República designa alguém de fora da carreira como Embaixador. Foi o caso, por exemplo, do ex-presidente Itamar Franco, na Itália. Nesses casos, o embaixador “civil” poderá contar como seus assessores com diplomatas de carreira experientes.

Se virar diplomata, vou chegar a ser embaixador? Quando?

Com a ampliação dos quadros, o aumento da idade média em que se ingressa na carreira e o afunilamento das promoções, a maior parte dos diplomatas que hoje ingressam no Itamaraty não chegará nunca ao grau de Ministro de Primeira Classe, nem chefiará uma embaixada. Não obstante, a carreira está cheia de oportunidades de realização profissional e pessoal. Não é preciso ser embaixador para se envolver em negociações internacionais, contribuir para formar a posição brasileira em diversos temas ou gozar ao redor do mundo de experiências de vida gratificantes, em contato com pessoas e culturas interessantes e diferentes.

Como ficam o cônjuge e os filhos quando o diplomata vai morar no exterior?

É fato conhecido que a vida pode não ser lá muito fácil para a família de um diplomata. Para o cônjuge não-funcionário do Serviço Exterior, e dependendo de sua profissão, pode ser difícil levar adiante uma vida profissional mudando-se de país a cada três ou quatro anos. O mesmo motivo torna não trivial a educação dos filhos. A maior parte dos diplomatas opta por manter seus filhos em escolas de rede internacional, como a escola americana ou a escola francesa, ao menos quando estão no exterior. Isso lhes permite manter currículo e língua constantes ao longo de tantas mudanças. São escolas caras, contudo. Por fim, não há nenhum acordo internacional facilitando o emprego de cônjuges ou familiares de diplomatas quando no exterior e, exceto por um acréscimo de salário baseado no número de dependentes, não há outra forma de apoio do MRE às famílias no estrangeiro. Uma reivindicação antiga dos funcionários é uma ajuda de custo para educação, mas não há perspectivas de que seja atendida, por enquanto.

Quanto ganha um diplomata?

O Ministério do Planejamento divulga uma lista, atualizada periodicamente, com os salários de todos os servidores públicos federais. Os salários dos diplomatas, de Terceiro Secretário a Ministro de Primeira Classe (vulgo “Embaixador”) estão todos lá. Adianto que hoje, maio de 2006, um Terceiro Secretário entra na carreira recebendo R$ 5.103,65 brutos (R$ 3.538,44 após impostos e previdência). Após seis meses de estudo, o salário sobe para até R$ 3.853,59 líquidos ou um pouco menos, dependendo da avaliação individual que lhe fizerem.

Achou muito ou pouco? Tem gente que reclama, mas o fato é que está correndo, no Congresso, projeto de lei para o aumento dos salários dos funcionários do Serviço Exterior, o que inclui diplomatas, oficiais e assistentes de chancelaria.

O que foi dito vale para o Brasil. No exterior, os salários são maiores e calculados em dólar. É difícil precisar os valores, pois variam de posto para posto de acordo com o custo de vida local e outros fatores e, de pessoa para pessoa, de acordo com o estado civil do diplomata, seu nível hierárquico e o número de seus dependentes. Em média, porém, um Terceiro Secretário pode esperar ganhar entre quatro e cinco mil dólares, líquidos, quando no exterior. Um Conselheiro, em torno de sete a nove mil. Um Embaixador, em torno de onze a quinze mil, além de verbas para gastos com recepções oficiais e representação.

Além disso, os diplomatas no exterior recebem uma ajuda de custo para o aluguel, que cobre de 60 a 100% do valor do contrato até um valor determinado, dependendo do posto.

Outros temas

Quem é você?

Incluí essa pergunta porque entendo que a compreensão e interpretação de um texto, e principalmente de um texto que contenha opiniões e pontos de vista pessoais, como este, depende de se saber quem foi que o escreveu. O mesmo juízo, emitido por um embaixador no final da carreira, por um filho e neto de diplomatas, por uma jovem terceira secretária ou por um acadêmico não-diplomata será recebido de forma diferente por quem o lê, caso este saiba de quem partiu.

Pois bem, nasci em 1979, em uma família de classe média. Meu pai é oficial da Aeronáutica. Com exceção de um ano vivido com minha família na França, quando contava seis anos, nunca, até hoje, passei mais do que uns poucos dias em qualquer país estrangeiro.

Sou formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo. Nunca, antes de completar a universidade, cogitei seriamente prestar o concurso do Instituto Rio Branco e ingressar na carreira diplomática; aliás, por muito tempo sequer sabia da existência desse instituto ou devotava qualquer interesse à diplomacia como atividade ou profissão. Não há diplomatas em minha família, nem nunca, até me envolver com o concurso, conheci nenhum.

Durante a faculdade, e ao longo de dois anos depois de formado, trabalhei como jornalista em diversos veículos, com emprego fixo ou como freelancer, incluindo a revista Superinteressante, a Revista Submarino (na internet, hoje extinta), a Folha de S. Paulo, o site de tecnologia Hotbits e outros.

Não sei bem explicar até hoje por que prestei o concurso. Jornalistas e diplomatas, creio, têm em comum o entenderem e fazerem de tudo um pouco, sem conhecerem a fundo coisa alguma. Meu pai já me chamava a atenção para o concurso há alguns anos sem que eu lhe tivesse dado bola. No início de 2002, porém, resolvi prestá-lo “só para ver”, sem estudar, e fui reprovado na prova de português da segunda fase. Meu interesse, porém, foi capturado, e no segundo semestre do mesmo ano procurei um curso preparatório. Prestei o concurso no ano seguinte e fui aprovado.

Ingressei na carreira diplomática em julho de 2003, aos 24 anos de idade. Concluí o curso do Instituto Rio Branco em março de 2005. Minha dissertação de Mestrado em Diplomacia foi aprovada com o tema “A política-externa norte-americana e a influência dos grupos de pressão no Congresso dos Estados Unidos”.

Hoje, março de 2006, como Terceiro Secretário, trabalho no Departamento de Integração do Ministério das Relações Exteriores. Até agora, não fui “removido” (transferido para um posto no exterior), e não espero sê-lo por pelo menos um ano, ainda. Minha experiência profissional no exterior resume-se, por enquanto, a viagens curtas para participar de reuniões entre governos dos países do Mercosul.

Quando ingressamos no Rio Branco, o Itamaraty nos providencia residência em Brasília?

Providencia nada. Mas quem está na carreira tem EXPECTATIVA de direito a um apartamento funcional. Há um bloco de apartamentos do Ministério em Brasília que é destinado aos diplomatas recém-ingressos. São 36 apartamentos de um quarto, sala, varanda, banheiro e cozinha na Asa Sul. Muito bons para um solteiro, apertados, mas suficientes, para um casal, péssimos para quem tem filhos. Como são só 36, há uma lista de espera. Dentro da mesma turma, o número de dependentes é o principal critério para ordenar a lista, e a classificação no concurso é o desempate. Para você ter uma idéia, depois de um ano e meio, a minha turma (ingresso em 7/2003) ainda não havia acabado de receber os apartamentos. Eu recebi o meu após um ano de espera. A demora para os que entram na carreira agora provavelmente será bem maior do que para mim, por causa do aumento do número de vagas. Em suma: não conte com apartamento tão cedo. Em tempo: depois de alguns anos, chega-se por outra lista de espera aos chamados apartamentos definitivos, de dois ou três quartos. Mas esses realmente demoram, e os que estão chegando do exterior têm prioridade sobre os recém-ingressos. Uma página do site do MRE informa que o Ministério possui ao todo 450 imóveis no Distrito Federal. Não imaginava que fossem tantos.

O MRE fornece alguma passagem aérea para minha cidade natal, periodicamente, ou sempre que quiser visitar meus familiares terei de arcar com as despesas de passagem?

Não somos deputados. Ganhamos nosso salário e nos viramos com ele. Sequer as despesas da primeira mudança para Brasília serão cobertas pelo MRE, embora futuras mudanças para o exterior sim.

Serei reprovado no concurso por causa da minha tatuagem?

Não há NADA escrito em lugar nenhum que proíba as pessoas de usarem tatuagens no Itamaraty. Não vou negar que a instituição não tenha superado todos os seus ranços conservadores, tradicionalistas — nós trabalhamos de terno e gravata, pra começar. Quando havia provas orais, teoricamente, e digo TEORICAMENTE, seria possível um aluno ser mal visto por um ou mais membros da banca por caua de uma tatuagem demasiado agressiva ou aparente e acabar reprovado, embora esse jamais seria o motivo oficial. No momento, porém, não há provas orais, de modo que faltam até os instrumentos para um controle como esse. E eu conheço diplomatas que usam tatuagens.

Há uma idade máxima, ou “certa”, para entrar na carreira?

Não. Consta que há muitos anos havia uma idade máxima de 28 anos, mas foi derrubada por inconstitucional. Conheço quem tinha visto mais de quarenta primaveras quando entrou na carreira. A idade média de entrada vem aumentando desde que se passou a exigir curso superior completo para entrar na carreira. Casos de pessoas que começam a carreira com trinta, trinta e poucos anos, mestrado e até doutorado completos são bastante comuns. Na minha turma, a caçulinha tinha 21 anos e a mais velha 41. Há porém, segundo a Lei do Serviço Exterior, certos limites máximos de idade para determinados graus da hierarquia. Se, antes de atingido o limite para Conselheiro, por exemplo, o funcionário não for promovido a Ministro de Segunda Classe, ele entra para o chamado Quadro Especial e, apesar de continuar trabalhando normalmente, não poderá mais ser promovido.

FONTE

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Definindo Alguns Pontos




Ao começar a ler sobre concursos, a primeira coisa que fiz foi me inscrever num site desses que te atualizam sobre os novos concursos.

Quanto mais eu lia mais ficava claro para mim, que seria preciso definir alguns pontos.
Antes de mais nada, estaria disposta a mudar de cidade? Quais delas?
Estaria disposta a incluir áreas com as quais não tenho afinidade?
Essas são minhas primeiras questões a serem respondidas. Comecei a perceber que tenho que ter
bem claro na minha mente o que quero do meu futuro e que preço estou decidida a pagar por ele.

Descobri um curso online que cada vez que escolho um curso, posso ter uma lista de matérias do mesmo baseada no ultimo edital publicado. Isso foi bem interessante, totalmente leiga que sou,
pois me permite avaliar o grau de dificuldade e área do concurso mais rapidamente do que a pesquisa dos editais.

o nome do curso é Aprova, vide barra lateral